A eucaristia é a nossa força e defesa
contra todo o mal que quer nos derrubar. Sendo assim, precisamos
ser prudentes em nosso agir, no livre arbítrio que Deus nos concede, para
que sempre possamos receber a Jesus na Santa Eucaristia, alimento e força de
nossa alma diante deste combate contra as forças do mal.
§1393. A comunhão
separa-nos do pecado. O Corpo de Cristo que recebemos na comunhão é “entregue
por nós”, e o Sangue que bebemos é “derramado por muitos para remissão dos
pecados”. Por isso a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem purificar-nos ao
mesmo tempo dos pecados cometidos e sem preservar-nos dos pecados futuros:
“Toda vez que o recebermos, anunciamos
a morte do Senhor”. Se anunciamos a morte do Senhor, anunciamos a remissão dos
pecados. Se, toda vez que o seu Sangue é derramado, o é para a remissão dos
pecados, devo recebê-lo sempre, para que perdoe sempre os meus pecados. Eu que
sempre peco, devo ter sempre um remédio. (Santo Ambrósio)
§1394. Como o alimento
corporal serve para restaurar a perda das forças, a Eucaristia fortalece a
caridade que, na vida diária, tende a arrefecer; e esta caridade vivificada
apaga os pecados veniais. Ao dar-se a nós, Cristo reaviva nosso amor e nos
torna capazes de romper as amarras desordenadas com as criaturas e de
enraizar-nos nele:
Visto que Cristo morreu por nós por
amor, quando fazemos memória de sua morte no momento do sacrifício pedimos que
o amor nos seja concedido pela vinda do Espírito Santo; pedimos humildemente
que em virtude deste amor, pelo qual Cristo quis morrer por nós, nós também,
recebendo a graça do Espírito Santo, possamos considerar o mundo como
crucificado para nós, e sejamos nós mesmos crucificados para o mundo. (…) Tendo
recebido o dom de amor morramos para o pecado e vivamos para Deus. (São
Fulgêncio de Ruspe)
§1395. Pela mesma
caridade que acende em nós, a Eucaristia nos preserva dos pecados mortais
futuros. Quanto mais participarmos da vida de Cristo e quanto mais progredirmos
em sua amizade, tanto mais difícil de ele separar-nos pelo pecado mortal. A
Eucaristia não é destinada a perdoar pecados mortais. Isso é próprio do
sacramento da reconciliação. É próprio da Eucaristia ser o sacramento daqueles
que estão na comunhão plena da Igreja.
§1846. O Evangelho é a
revelação, em Jesus Cristo, da misericórdia de Deus para com os pecadores. O
anjo anuncia a José: “Tu chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará seu
povo de seus pecados” (Mt 1,21). O mesmo se dá com a Eucaristia, sacramento da
redenção: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por
muitos, para remissão dos pecados” (Mt 26,28).
Trecho do Catecismo
da Igreja Católica
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